once upon a time...

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão e que "era uma vez" era só um protótipo criado nesse mundo de malucos. Mas sem nenhum conto de fada e nenhuma princesa (prometo, nenhuma) vou contar uma histórinha breve, porém cheia de decepções e frustrações. Não importa com quem é e nem porque ocorreu; o importante é que aconteceu, e não se pode mudar o passado.
Era uma vez uma menina, como prometido, nenhuma princesa. Apenas uma menina que estava vivenciando uma parte crucial da sua vida. Se sentia estranha às vezes, mas quem se importava? Todos somos estranhos e ela era só mais uma no meio de uma infinita multidão. O problema não é ser mais uma, é não ter refúgio e acabar sozinha, com o pensamento nas "nuvens de algodão" (apesar de sabermos que elas não são assim).
Chegava em casa e virava em uma gata borralheira. Como se não fosse digna de entendimento, na verdade, a indignidade tomava conta da cabecinha oca que ela tinha. Procurou paz de espírito nos amigos e se encontrou sentada numa esquina cansada de tantos golpes mal executados. Procurou no namorado, e cansou de ouvir que não pode fazer isso e muito menos aquilo. Estava desesperada, sem sentido.
"Bruxa, agora que eu preciso, cade você?" gritava sufocada e sem obter uma resposta falava ainda mais alto "Traga-me a maçã envenenada! Sem príncipe pra me acordar. Prometo.". "Pois é, espelho, espelho meu, não existe alguém mais idiota que eu". Que coisa isso, até eu acabo me sentindo acabada escrevendo essas baboseiras!
Mas o que poderia ser feito? Como já mencionado as pessoas não se importam, quero dizer, elas nem tentam se importar...
Agora me pergunto: era uma vez o que? que conto mais fajuto esse!

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