Foi numa fria noite de inverno que as coisas começaram a dar errado. Mas essa não era a intenção, quer dizer, na verdade essa não foi nem o inicio de alguma forma de intenção. Nesse dia, tudo mudou, inclusive aquele círculo que se auto denominava amigável.
Não lembro que dia foi, lembrar de números nunca foi meu forte, contudo estou certa que foi em uma fria noite de julho (ou seria agosto? não, definitivamente julho). Não importa o dia, na verdade, isso é a última coisa que me vem a cabeça quando começo a tratar desse tão delicado assunto. O vento soprava em direção aquele grupo, mas mesmo assim pela rua haviam garotas usando mini-saias e saltos extremamente altos, me perguntava como conseguiam, porque afinal, era uma fria noite de julho (ou agosto).
Depois de longos e congelantes 30 minutos, todos entraram em um estabelecimento e o frio se foi, porque lá dentro tinha tanta gente que caminhar era um ato complicado para ser exercido. Agora me perguntava porque eu não estava usando um vestido curto como os daquelas garotas que vi na rua. O barulho era interminável e as pessoas incansáveis, mas eu já estava me cansando, admito: sou sedentária. Depois de algumas doses de tekila e de ter perdido completamente o juízo, um garoto chega ao meu lado, mas não qualquer, eu conhecia ele. Depois de várias tentativas falhas, consegue um beijo meu. A única coisa que consigo lembrar foi do ofuscante olhar que observei.
Depois disso as coisas desandaram. Não sou uma pessoa, digamos assim, amorosa e me canso de falar isso para as pessoas que insistem em não me ouvir. O menino queria uma relação e fez o impossível para que acontecesse, mas a verdade é que eu nunca quis nada, na verdade não queria ter nem tentado. Às vezes nossa ânsia de não machucar as pessoas acaba machucando muito mais. Foram declarações e mais declarações, insatisfações e mais insatisfações.
Até que desistiu. Acredito que ele tenha feito o certo, porque afinal, na minha cabeça não existia relação alguma, mas nunca levei em consideração os sentimentos dele (o que eu deveria ter feito), peço desculpas pelo o que fiz, mas não vou voltar atrás, não vou correr atrás, não vou mais tentar agradar. Se o rancor existe nele de alguma forma, vou deixá-lo ali, mesmo que isso custe não olhar mais na cara de certas pessoas. Mas eu cansei, e ao mesmo tempo, não me importo mais.
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