Acordei no meio de um impasse sobre o que deveria ser feito durante o dia, olhei pela janela e me deparei com um tempo não muito agradável. Na minha opinião, coisas assim desanimam qualquer pessoa e, no meu caso, não foi diferente.
Na escola olho para os mesmos rostos todos os dias, copiando os deveres ou rindo de besteiras (daquele tipo sem graça que todo mundo acha graça). Não me animou, hoje pelo menos não. Às vezes o silêncio diz tudo que deveria ser dito com milhares de palavras.
E durante a aula recebo um bilhete "tá tudo bem contigo? Tem algo a ver com a caixinha roxa?". Me fez pensar quantas vezes fiquei parada, tentando achar alguma maneira de voltar no tempo e desfazer todos os erros, todas as besteiras. Tá, tudo bem, eu sei que não posso e, acredite ou não, isso ainda me mata todos os dias.
Talvez seja porque ainda tenho alguma esperança guardada dentro do meu coração ou talvez seja porque ele bate tão rápido quando sei que está por perto - ou só pelo cheirinho do perfume que me hipnotizava -. Não morro de amores, repito pra mim mesma todos os dias que já nem penso mais nele mas eu nunca paro de pensar que eu já esqueci.
Naquela fria manhã de setembro, com a caixinha nada tinha a ver. Porém agora sim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário