A vontade é impotente pelo o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo e nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade. Mas possuímos a arte de não morrer pela verdade, por mais incrustante e dolorosa que ela possa ser. Mas uma vez tomada uma decisão e acontece a lamentação é sinal de um forte caráter, e, também, porque sentimos a vontade de sermos estúpidos por um instante.
Com a minha 'não-vasta' experiência, já sei que há momentos na vida em que sentimos tanta a falta de alguém que o que mais queremos é arrancar essa pessoa dos nossos sonhos e abraçá-la.
Mas o meu mundo não é como os dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede pelo infinito, uma angústia que nem eu entendo. E a angústia... como dizem é um nó muito apertado no meio do seu sossego, pelo menos do meu.
Mas ainda não compreendo porque somos reféns de um sentimento, que, em muitas vezes, é quebrado, maltratado e humilhado. Mas no fundo, bem no fundinho, todos nós sabemos a resposta para um amor inacabado, resolve ou deixa para trás e segue em frente, e a última opção é o que me faz lamentar a falta ultimamente.
Fiquei eu a observar nas ruas casais de cuja felicidade era exorbitante, não sei de você, mas eu me sentia vazia na hora, como se algo faltasse e a verdade é que falta, ah como falta. Quem sabe um dia volte ao normal, e é o que eu tenho rezado a Deus todas as noites, pedindo, chorando e gritando freneticamente para que tudo volte ao normal.
As crianças corriam felizes e alegremente, os casais andavam beijando-se com dedos entrelaçados, os amigos andavam lado a lado, comentando, talvez, a maior fofoca semanal. Milhares de figurinhas insignificantes. Eu era uma figurinha insignificante e mexia-me com cuidado para não molestar os outros milhares números.
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